quarta-feira, 19 de junho de 2013

Boa noite a todos,

      Nesta postagem venho primeiramente elogiar a grande reportagem publicada pela revista CIPA em sua edição nº403 do mês de abril de 2013; tal reportagem divulga as grandes inovações feitas nos calçados, principalmente nos calçados utilizados como EPI (equipamento de proteção individual). 
     A reportagem destaca a grande virada que se iniciou com a tradução, estudo e avaliação do conjunto de normas, formado pelas normas ISO 20344, ISO 20345, ISO 20346 e ISO 20347, pelo CB-32 (Comitê Brasileiro de Equipamentos de Proteção Individual).    
     Após varias reuniões realizadas pelo CB-32, em 2009 as normas foram adotadas pelo Brasil e publicadas pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) com ABNT NBR ISO; ou seja as normas foram adotadas em sua totalidade sem quaisquer alteração, o que nos leva a uma nova realidade, podendo comparar nossos calçados com calçados feitos em todo o mundo. 
  
     Tais normas são:    

  • ABNT NBR ISO 20344 - Equipamentos de Proteção Individual - Métodos de Ensaio para Calçados
  • ABNT NBR ISO 20345 - Equipamentos de Proteção Individual - Calçados de Segurança     
  • ABNT NBR ISO 20346 - Equipamentos de Proteção Individual - Calçados de Proteção
  • ABNT NBR ISO 20347 - Equipamentos de Proteção Individual - Calçados Ocupacionais

     Por ter participado de todo o processo de tradução, estudo e avaliação, posso expor meu apoio à adoção de tais normas e disser que tais normas possuem inúmeros novos ensaios que auxiliam as empresas a produzirem um calçado com cada vez mais tecnologia; entre tais ensaios podemos destacar:

  • Ensaio de escorregamento que pode ser feito em piso cerâmico com detergente e também em piso metálico com óleo.
  • Ensaio de absorção de energia na região do calcanhar: tal ensaio já era realizado na antiga norma mas houve uma alteração no conjunto utilizado no equipamento de ensaio, onde o equipamento utilizado hoje simula uma parte traseira do pé, e não mais somente uma peça cilíndrica. 
  • Ensaios de impacto e compressão da biqueira: atualmente os testes são realizados no calçado pronto, o que avalia não só a biqueira, mas também o comportamento do solado perante a compressão ou o impacto.
  • Entre outros.
     Aconselho a todos os envolvidos com fabricação de calçados, integrantes de Comissões de prevenção de acidentes, técnicos de segurança, engenheiros de segurança ou ainda interessados em geral, a tomar  ciência de todas as normas já que se ficarmos citando todas as melhorias proporcionadas pelas novas normas teremos que utilizar pelo menos mais 100 postagens.

   Novamente parabenizo a grande reportagem da revista CIPA e me coloca a disposição dos leitores para esclarecer quaisquer dúvidas. 

Autor: Hugo Leonardo Ribeiro
           HL Consultoria 

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Couro Sintético

Caros Leitores;

Boa noite a todos;

Estamos de volta;

      Nesta postagem iremos abordar um assunto atualmente muito discutido; a utilização de laminados sintéticos nas confecções de calçado e a designação destes laminados.
      É comum ver a utilização do termo couro sintético ou ainda couro ecológico, o que claramente se torna um problema de entendimento por parte do usuário.
      É importante lembra que existe no Brasil a lei 4.888 vigente desde 1965 que proíbe a utilização do termo couro em produtos que não tenham sido obtidos exclusivamente de pele animal, assim como também pune quem usa a expressão "couro legítimo". Tais infrações constituem crime de concorrência desleal prevista no artigo 195 do Código Penal.
      O texto da lei diz: "Art. 1º: Fica proibido pôr à venda ou vender, sob o  nome de couro, produtos que não sejam obtidos exclusivamente de pele animal."
      Existem ideias divergentes quanto a aplicação da norma, mas  o que se percebe e um desrespeito total de tal lei.
      É importante salientar que a industria de laminados sintéticos passou nos últimos anos por uma incrível evolução, onde foram obtidos materiais com características fantásticas.
     Devemos salientar o grande diferencial entre o couro e o laminado sintético que esta principalmente ligado as características de absorção e dessorção do vapor d´agua (suor) pelos materiais. Hoje existem laminados sintéticos com características iguais e até mesmo superiores que as características do couro. Podemos destacar as microfibras com base PU que possuem grande poder de absorção e dessorção, além de uma alta resistência a tração, alongamento e rasgamento; tal material em nada se compara com os antigos laminados de PVC.
      Apesar desta evolução devemos deixar claro que couro é couro, e ponto final.
      Esperamos que as empresas ligadas a fabricação de laminados sintéticos e as empresas que utilizam tais materiais para confecção de calçados, bolsas acessórios e outros, trabalhem com seriedade apontando as características dos laminados sintéticos utilizados para tal, com isto tais empresas demonstrarão respeito ao consumidor.