segunda-feira, 13 de outubro de 2008

LAMINADOS SINTÉTICOS

Ola pessoal!!!!
Após um longo período sem postagem estou de volta.
Segue abaixo uma postagem sobre o laminado sintético as vezes conhecido como couro sintético.

Conceito:

· Os laminados sintéticos são materiais produzidos a partir de compostos estratificados ou não, de polímeros compactados ou expandidos, na forma laminada, com ou sem substratos.

Estrutura:

Os laminados sintéticos são basicamente compostos de duas camadas.
· Substrato: material sobre o qual será aplicada a camada plástica, podendo ser em tecido plano, malha ou não tecido. O substrato também e conhecido como reforço ou suporte, devido a sua função de dar resistência mecânica ao laminado sintético.
Camada plástica: camada plástica aplicada sobre o substrato; pode ser constituída pela base e pelo filme de cobertura. Ela proporciona alcançar a espessura e maciez desejados no laminado sintético.
Pode ser constituída:
Ø Laminado sintético em PVC
Ø Laminado sintético em PU
Ø Laminado sintético em EVA
Ø Laminado sintético misto (PU + PVC)

Propriedades e Características:

A resistência à tração, alongamento e ao rasgamento depende dos substratos utilizados.
Os laminados sintéticos com substratos em malha não impregnada possuem maior alongamento.
Os laminados sintéticos que possuem uma plastificação adequada e uma maior espessura, fornecem maior resistência ao atrito e ao flexionamento contínuo.
Os laminados sintéticos com base em PU possuem maior resistência ao calor.
Os laminados sintéticos aceitam impressão direta ou por termotransferência.
Quando microperfurados, adquirem características de permeabilidade.
A resistência à luz do laminado depende do tipo de pigmento e estabilizante utilizado.
Alguns óleos plastificante, que possuem baixa compatibilidade com o PVC, podem migrar para a superfície, causando problemas para a colagem, impressão e outros.
Os laminados podem ser termoformados, obtendo-se altos ou baixos relevos, utilizando-se a técnica da alta freqüência.

Armazenamento:

Normalmente mantém-se as bobinas na horizontal, sobre estrados ou prateleiras, com ventilação, evitando o contato com superfícies úmidas, incidência de luz solar direta e proximidade com paredes ou tetos que possam atingir temperaturas próximas a 70ºC.
No processo de empilhamento de bobinas, deve-se ter o cuidado com o amassamento, dobras ou estrangulamento do tubete e migração de adesivo no caso de materiais termocolantes.

Modelagem:

A modelagem deve se ajustar perfeitamente à forma. Evitando grandes tensões nas operações de montagem.
Peças com afio das bordas devem ser em materiais que não desfiem.
Na preparação, deve-se observar os diferentes aumentos que precisam ser dados de acordo com o tipo de material empregado.
Evitar, quando possível, utilização de formas de bico fino, pois favorecem a formação de rugas e o acumulo de materiais na região frontal da planta.
Corte do laminado sintético:

Normalmente para peças do enfranque ou traseiro, corta-se o material na direção de maior elasticidade. No caso de peças que compõem a gáspea, costuma cortar as peças na direção de menor elasticidade.
Levar em consideração as condições ambientais, principalmente para materiais em algodão, pois pode haver encolhimento.
· Ao cortar o material em camadas com o auxilio de navalhas, é necessário conferir a ultima peça , para verificar se não ocorreu variação dimensional em relação as dimensões originais.
No uso do balancim do tipo ponte, se possível, manter navalha fixa por sistema de cabeçote.
A altura da lamina da navalha precisa ser compatível com a espessura do produto.
Na operação de chanfração deve-se tomar cuidado. Pois podem ocorrer perdas das propriedades dos laminados ao se remover a camada plástica.

Preparação e costura:

Quando se utiliza couraças ou contrafortes de ativação térmica, é necessário observar a temperatura de resistência dos laminados sintéticos e materiais têxteis.
Nas couraças e contrafortes de ativação química, o solvente residual poderá atacar o laminado sintético ou provocar o manchamento dos tecidos.
O tipo de adesivo a ser utilizado deve ser compatível com o material empregado.
Na costura deve-se observar:
· Existe uma grande variedade de tipos de ponta de agulha, que deve ser definida conforme a finalidade a que se destina.
· O número de pontos por centímetro precisa ser observado para evitar futuros rasgamentos na costura.
· A linha não pode estar muito tencionada, pois pode causar o enrugamento da costura ou do material.

Montagem:

Deve-se observar as condições de temperatura, pressão e tempo, a fim de evitar danos aos materiais ou alterações na estrutura do calçado.

Limpeza e acabamento:

Na limpeza e acabamento do calçado, deve-se selecionar os tipos de limpadores e os processo adequados ao tipo de laminado utilizado.

2 comentários:

Anônimo disse...

Sr. Hugo,
Talvez vc conheça muito de química mas de fabricação de calçados está devendo. Várias informações não informam nada, e outras estão tecnicamente incorretas. Aconselho se preparar melhor antes de querer informar algo que não domina.

Unknown disse...

A alta-frequência é um acabamento possível em laminados com base e cobertura de PVC ou PU?